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Lealdade Feminina

Lealdade Feminina

Mulher, pérola que encanta o mundo, resgata sonhos perdidos e traz esperança à terra a cada grito, cada raio de luz que vai espalhando, prometendo à terra um novo amanhã. (Letícia Thompson)

Desde os tempos mais remotos da humanidade, a mulher desempenha um papel fundamental na formação da sociedade. Enquanto o homem dominava pela força, a mulher superava as adversidades pela coragem, compreensão e fé. 

William Bennett, em sua obra “Livro das Virtudes II – o Compasso Moral” nos apresenta a essência do amor refletido na atitude de grandes e guerreiras mulheres, mostra-nos que mesmo os sonhos mais impossíveis podem ser almejados e se tornarem realidade graças à sua fé inabalável, sutileza e amor incondicional.

Conta Willian Bennett, que no ano de 1141, na Alemanha, os exércitos de Frederick, Duque de Suábia, e de seu irmão, o Imperador Konrad cercaram Wolf, o Duque da Bavária, em seu Castelo. O cerco já vinha de algum tempo e o Duque sabia que a rendição era inevitável. Mensageiros iam e vinham, levando propostas, condições e decisões, mas nenhum acordo era assinado. Diante da situação, Wolf e seus aliados estavam dispostos a entregar o castelo ao pior de seus inimigos. 

Contudo, os inimigos subestimaram o maior aliado de Wolf, as Mulheres do Ducado. Elas não vislumbravam qualquer saída que não fosse a vitória. Inflamadas pelo instinto de sobrevivência e amor incondicional, enviaram uma mensagem a Konrad, irmão do duque inimigo, pedindo a promessa de salvo-conduto para todas as mulheres das vizinhanças do castelo e permissão para que elas levassem todos os bens que conseguissem carregar.

Konrad, como era um homem de princípios, concedeu a permissão e os portões do castelo se abriram. As mulheres foram saindo, levando consigo uma estranha carga. Não carregavam ouro ou jóias, nem pedras preciosas ou vestes ornamentadas. Cada uma vinha curvada sob o peso do homem que escolheram para viverem juntos o resto de suas vidas, na esperança de salvá-los da vingança dos inimigos vitoriosos.

Diz a história que Konrad ficou comovido com o gesto de amor e coragem daquelas mulheres, chegando inclusive às lágrimas. Diante de extraordinária atitude, assegurou liberdade e seguranças às mulheres e aos maridos. Em seguida convidou a todos para um grande banquete e fez um acordo de paz com o duque da Bavária, em termos mais favoráveis que o esperado por aqueles anjos chamados mulheres.

Desde então o monte onde estava situado o Castelo da Bavária passou a ser chamado de Monte de Weibertreue, que quer dizer "lealdade feminina".

 

Colaboração Jorge Lopes da Silva

Coordenador Grupo de Partilha Divina Misericórdia